DESCRIMINALIZAÇÃO DAS DROGAS

terça-feira, setembro 08, 2009 11:19 AM Postado por MAM
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Há varios anos temos (Mario Arcangelo Martinelli e a Hora da Verdade) opinado pela descriminalização das drogas, como a melhor maneira de acabar com tráfico, com os traficantes e com a violência, contrabando de armas, corrupção de menores, exploração do lenocionio, e outros crimes tais financiados pelo milionário comércio ilegal das drogas.

Há um paradigma na história que é a Lei Seca norte-americana, que foi a base para a formação das mafias e grandes quadrilhas naquele país.

Nosso conceito básico é de tirar esse consumo da margilinalidade e permitir que empresas produzam essas substâncias, da mesma forma com que produzem bebidas alcoolicas e cigarros.

Todos nós sabemos que esses produtos são nocivos à saude e é muito positivo que tudo seja feito para que as pessoas se desestimulem a consumi-los.

Porém, se apesar de todo desincentivo, alguém ainda queira consumir, não podemos continuar deixando que caia nas mãos de criminosos da pior espécie.

É facil fazer essa transição ?  CLARO QUE NÃO !!

Mas temos que dar os primeiros passos.

Congratulo-me com FHC (cujo artigo reproduzo abaixo) , pela coragem de assumir essa bandeira publicamente.

Convido à releitura dos artigos :





MARIO ARCANGELO MARTINELLI



FHC defende descriminalização de uso de drogas



É preciso admitir que a guerra contra as drogas fracassou e que as consequências "indesejadas" dessa luta foram desastrosas na América Latina. Por isso, continuar com esse combate é ridículo, afirma o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em artigo publicado neste domingo (6/9) pelo jornal dominical britânico The Observer. Segundo FHC, é preciso haver um sério debate que leve à adoção de estratégias mais humanas e eficazes para lidar com o problema global das drogas.


A informação é da Agência Estado.


Citando a Comissão Latino-americana para Drogas e Democracia, da qual é membro, FHC defende uma mudança de paradigma que substitua a repressão aos usuários de drogas por estratégias de tratamento e prevenção. "O desafio é reduzir drasticamente o prejuízo causado às pessoas, sociedades e instituições públicas pelos narcóticos ilegais", disse o sociólogo. Processo semelhante já teve início na Argentina e no México, cujo Congresso aprovou uma lei que remove a penalização criminal para a posse de pequenas quantidades de drogas para consumo pessoal e imediato, lembra.


Ele também cita a Colômbia, primeiro país a adotar essa medida, em 1994, e a liberalização da legislação sobre drogas na Bolívia e Equador. "A mudança também é iminente no Brasil", onde a ambiguidade atual na lei efetivamente abre oportunidades para corrupção e extorsão na polícia, afirma FHC. "Os parlamentares brasileiros estão perto de discutirem uma nova lei para abolir a penalização para o consumo de pequenas quantidades de maconha", afirma.


Embora o avanço na descriminalização do porte de drogas permita um paradigma de saúde pública e rompa o silêncio sobre o problema das drogas, a descriminalização ainda está longe. "Isso permite que as pessoas pensem em termos de abordar o abuso de drogas de uma forma que não seja antes de tudo uma questão para o sistema de justiça criminal. Reduzir o prejuízo causado pelas drogas passa pela redução do consumo", defende Fernando Henrique. Para ele, nenhum país desenvolveu uma solução abrangente para o desafio do abuso de drogas, e uma solução não precisa ser uma escolha rígida entre a proibição e a legalização. "Abordagens alternativas estão sendo testadas e devem ser cuidadosamente revisadas, mas está claro que o avanço envolverá uma estratégia que alcance, paciente e persistentemente, os usuários", diz.

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