EDIFICAR SIM, DESTRUIR NÃO. por Mario Arcangelo Martinelli
terça-feira, fevereiro 12, 2013
5:41 PM
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mario arcangelo martinelli
EDIFICAR SIM, DESTRUIR
NÃO. por Mario Arcangelo Martinelli
“Segundo o poder que o
Senhor me deu para a edificação e não
para destruição”
Paulo, Corinthios, II,
13:10
Corinto, ficava em um
ponto estratégico, num istmo entre os Mares Egeu e Jonio, com seus dois portos era uma prospera
metrópole cultural e comercial. Sua numerosa população era constituída por
gregos, romanos, escravos libertos,
orientais e judeus da Palestina. Marinheiros e uma multidão de escravos
de toda parte, ligados ao transporte e comercio de cargas. Regiliões de tlodo o
Mediterraneo estavam ali representadas, mas a cidade, muito rica, era famosa
pela lassidão dos costumes.
Paulo foi a Corinto e
passou a evangelizar os pagãos e animado por uma visão , lá permaneceu por um
ano e meio, obtendo grande aceitação por parte dos mais humildes.
Depois Paulo seguiu com
sua missão para outros locais, mas sempre com atenção para a importante cidade,
enviando orientações por cartas e mesmo voltando algumas vezes.
O ambiente dificultava o
desenvolvimento da comunidade cristã, que chegou a se dividir entre
seguidores de Paulo, de Pedro, de Cristo
e até de Apolo, um dos Deuses Gregos e muitos se esqueceram dos ensinamentos do
Mestre.
Paulo teve muito trabalho
para manter a comunidade no evangelho, mas ao invés de condenar os desgarrados
e expulsa-los, tudo fez para recupera-los e lembrou que os poderes espirituais
que recebera seriam sempre utilizados para a edificação e não para a
destruição.
Porque é verdade, como ele
disse, “Segundo o poder que o Senhor me
deu para a edificação e não para destruição”.
O Mestre era o exemplo do
amor e do perdão, sua missão é conduzir as pessoas, as almas, para o bem maior, para
a perfeição.
Em evolução gradativa, mas
inexorável. Demore mais ou menos, todos chegaremos lá, com nossos próprios méritos, treinando nossos
sentimentos na prática do Amor.
Assim analisa, Emmanuel em
“Vinha de Luz”, psicografado pelo Chico Xavier :
“Em nossa luta diária, tenhamos suficiente cuidado no uso dos poderes que
nos foram emprestados pelo Senhor.
A
ideia de destruição assalta-nos a mente em ocasiões incontáveis.
Associações
de forças menos esclarecidas no bem e na verdade?
Somos
tentados a movimentar processos de aniquilamento.
Companheiros
menos desejáveis nos trabalhos de cada dia?
Intentamos
abandona-los de vez.
Cooperadores
endurecidos?
Deixa-los
ao desamparo.
Manifestações
apaixonadas, em desacordo com os imperativos da prudência evangélica?
Nossos
ímpetos iniciais resumem-se a propósitos de sufocação violenta.
Algo
que nos contrarie as ideias e os programas pessoais?
Nossa
intolerância cristalizada reclama destruição.
Entretanto,
qual a finalidade dos poderes que repousam em nossas mãos, em nome do Divino
Doador?
Responde-nos
Paulo de Tarso, com muita propriedade, esclarecendo-nos que recebeu faculdades
do Senhor para edificar e não para destruir.
Não
estamos na obra do mundo para aniquilar o que é imperfeito, mas para completar
o que se encontra inacabado.
Renovemos
para o bem, transformemos para a luz.
O
Supremo Pai não nos concede poderes para disseminarmos a morte.
Nossa
missão é de amor infatigável para a Vida Abundante.”
Tenhamos sempre em mente
que em momento algum devemos nos render à tentação de ceder aos nossos antigos
instintos que servem ao egoísmo, orgulho, vaidade, ódio, violência e indiferença.
Essas são as soluções que
logo surgem em nossa mente para resolvermos algo que nos desagrada. A principio
parecem ser as maneiras mais eficientes rápidas e de nos livrarmos de algo que
nos desagrada.
Mas ilusão, essas
situações são, na verdade, as melhores oportunidades que temos para exercitar o
verdadeiro poder, aquele que nos levará à perfeição, ou ao paraíso, para quem o
preferir.
É o poder de fazer ao
semelhante o que gostaríamos que fizessem a nós, na mesma situação.
È a aplicação prática do “amai-vos
uns aos outros”!
Essa é a maior força do
Universo. Praticando-a, um homem, usando da simplicidade, sem qualquer título
ou condição social, calçando sandálias e andando a pé, conquistou o mundo, há
dois mil anos atrás.
E Paulo, pensou assim
também. E enviou para aquela nascente
comunidade cristã, praticante transviada após sua partida, uma das mais belas
mensagens de todos os tempos :
“Ainda
que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o
metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda
que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e
ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse
os montes, e não tivesse Amor, nada seria.
E ainda
que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me
aproveitaria.
O Amor
é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se
ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se
irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo
tolera, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.
O
Amor nunca falha.
Havendo
profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência,
desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando
vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
Agora,
pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o
Amor.
(1Corintios, 13 Paulo.)
MARIO ARCANGELO MARTINELLI
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