Milicias, ponta do iceberg ?

segunda-feira, setembro 08, 2008 2:44 PM Postado por MAM
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Avisem aos incautos : Já faz algum tempo que a INQUISIÇÃO MEDIEVAL, foi execrada pela racionalidade.

Naqueles Tribunais, qualquer método era valido para incriminar aqueles que " inquisidores" já tinham se " convencido" da prática de heresias.

E ahhh, quem se atrevesse a testemunhar a favor dos "condenados", era também enquadrado como herege...

Se a sindicância da Abin tem tudo para terminar à imagem e semelhança de seu artífice, sinais positivos são emitidos pela Polícia Federal. Ágeis, por enquanto, os delegados encarregados do caso inspecionaram na semana passada os telefones do Congresso para verificar se os grampos contra os senadores haviam sido feitos nas dependências da casa e também ouviram alguns depoimentos. Reservadamente, os delegados se dizem preparados para enfrentar até o constrangimento de descobrir que agentes da corporação podem ter se associado aos arapongas da Abin em ações clandestinas. Os policiais têm informações de que isso, de fato, pode ter acontecido dentro da Operação Satiagraha – a famosa ação que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas. Há um testemunho muito interessante que pode ajudar a esclarecer a existência de grampos de conversas do ministro Gilmar Mendes. Na última quarta-feira, durante a solenidade de posse do novo presidente do Superior Tribunal de Justiça, o ministro encontrou-se com a desembargadora Suzana Camargo, do Tribunal Regional Federal de São Paulo. Ela voltou a dizer ao ministro ter ouvido do juiz Fausto de Sanctis, o magistrado responsável pela Satiagraha, que o STF "era uma sujeirada só".

De Sanctis afirmou à desembargadora ter recebido "informes" segundo os quais advogados de Dantas haviam participado de um jantar com assessores do ministro em Brasília, numa insinuação de que algum acerto entre eles tinha sido feito. "O ministro ainda me criticou, disse que eu era incompetente", reclamou o juiz, de acordo com o relato da desembargadora. Exatamente nesse dia, 10 de julho, a segurança do STF detectou indícios de grampo dentro do gabinete do ministro Gilmar Mendes. Também nesse dia os telefones do ministro já estavam grampeados. A Operação Satiagraha contou com a participação clandestina de agentes da Abin. "Disse à desembargadora que ela precisava contar isso à polícia", afirma Gilmar Mendes. O que se conversava no interior do gabinete do ministro Gilmar Mendes chegava a São Paulo, pelo que se depreende, como "informes" – jargão que os espiões usam para identificar uma informação extra-oficial.

Revista Veja, 7/09/2008

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